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Dengue: 6,5 milhões de testes rápidos serão distribuídos a estados e municípios

Foto do escritor: Eliseu MatioliEliseu Matioli

São Paulo vai receber 45% do total dos testes. Distribuição começa na semana que vem

Ministério da Saúde anuncia distribuição dos testes rápidos para dengue. Foto: Laudemiro Bezerra/MS
Ministério da Saúde anuncia distribuição dos testes rápidos para dengue. Foto: Laudemiro Bezerra/MS

O Ministério da Saúde anunciou a distribuição de 6,5 milhões de testes rápidos para diagnóstico da dengue, com foco em municípios distantes e com acesso limitado a laboratórios. 


Na primeira remessa, 4,5 milhões de unidades serão enviadas para todos os estados e para o Distrito Federal. O governo vai iniciar o fornecimento na próxima semana, embora ainda não haja data exata, segundo a pasta.


É a primeira vez que esse tipo de teste será disponibilizado na rede pública, como Unidades Básicas de Saúde. O investimento total supera R$ 17,3 milhões. Gestores estaduais receberão uma nota técnica com critérios de uso.


São Paulo receberá 2 milhões de unidades – a maior quantidade entre as UFs –, o equivalente a 45% do total. Minas Gerais e Paraná terão, respectivamente, 405 mil e 300 mil (veja lista abaixo). Outros 2 milhões ficarão como estoque estratégico para atender cidades com alta nos casos da arbovirose.


O ministério informou que os testes foram alocados com base nas notificações de casos suspeitos entre as semanas epidemiológicas 27/2024 e 02/2025. Os números de testes rápidos foram arredondados para otimizar a logística de distribuição, tendo em vista que as caixas têm 25 unidades cada.


Confira quantos testes cada UF deve receber:


  • MG: 405.875  

  • ES: 127.700  

  • SP: 2.025.650 

  • PR: 359.900 

  • SC: 231.850 

  • RS: 55.850 

  • MS: 41.775 

  • MT: 83.700 

  • GO: 201.225

  • DF: 55.750 

  • RO: 7.000  

  • AC: 47.550 

  • AM: 35.675 

  • RR: 8.425 

  • PA: 49.125  

  • AP: 28.750  

  • TO: 18.100  

  • MA: 7.900 

  • PI: 10.475 

  • CE: 46.550 

  • RN: 31.100 

  • PB: 37.275 

  • PE: 87.600 

  • AL:  49.700 

  • SE: 16.025  

  • BA: 109.050  

  • Total: 4.448.000 testes


Teste rápido: como funciona


Já existem no Sistema Único de Saúde (SUS) outros dois tipos de testes para identificação da doença: o biologia molecular e o sorológico, disponíveis nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen).


Agora, a população contará com uma terceira opção, o teste rápido, capaz de detectar a presença do vírus da dengue, mas sem identificar o sorotipo da doença. O diagnóstico ocorre em até 10 minutos após a coleta de amostra de sangue, soro ou plasma do paciente. 


Uma nota técnica do MS orienta que o teste rápido é indicado para o diagnóstico na fase aguda e, sendo assim, deve ser realizado entre o primeiro e o quinto dia após o início dos sintomas.


A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, explica que, apesar de colaborar para ampliação do acesso ao diagnóstico, o teste rápido não substitui a coleta de amostras laboratoriais que, segundo ela, são fundamentais para a vigilância epidemiológica.


"Não podemos esquecer a importância da manutenção da coleta das amostras para a vigilância epidemiológica, uma vez que o teste rápido não diferencia os sorotipos da dengue e nem outras arboviroses, como zika e chikungunya”, destaca.


Dengue do Brasil


Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, aponta que nas primeiras semanas epidemiológicas (SE) de 2025 o Brasil já registrou 87 mil casos prováveis de dengue. Foram confirmados 8 óbitos pela doença e há 89 mortes em investigação. Os dados foram atualizados no último dia 20.


Entre os estados, Acre, São Paulo e Espírito Santo têm a maior incidência de casos, sendo que foram mais de 50 mil casos em São Paulo – que registra três das oito mortes por dengue confirmadas no país.  




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