Audiência Pública para revisão realizada aos 12 dias do mês de abril
Logo representativo criado pela Prefeitura Municipal de Itápolis para o novo Plano Diretor
No dia 12 de abril, passada quarta-feira, aconteceu na Câmara Municipal de Itápolis a primeira audiência pública para revisão do Plano Diretor da cidade.
Este documento serve como que uma bússola para o caminho de desenvolvimento dos municípios.
Na cidade das pedras o desenvolvimento do novo Plano Diretor, que tem vigência de 10 anos, está atrasado em 7.
O atraso se dá muito por conta da instabilidade política da cidade, onde já ocorreu de até 5 pessoas ocuparem o cargo de prefeito municipal dentro de apenas um ano.
No passado mandato pode-se dizer que, depois de anos dessa instabilidade, foi possível ter 4 anos sendo regidos por um mesmo prefeito, na ocasião o piloto e empresário Edmir Gonçalves.
Já com mais de meio mandato passado, é possível afirmar que o atual prefeito, Mi Reggiani também tem governado com estabilidade.
No contexto de solidez política, a própria população itapolitana organizou-se desde meados de 2016 para começar as reuniões e debates de desenvolvimento do novo Plano Diretor.
Já são mais de 7 anos estruturando um texto com diretrizes de desenvolvimentos econômico ambiental, de promoção da industrialização, de políticas e do sistema de gestão de todo aparato produtivo.
É claro que não são os 43.331 habitantes da cidade que estão envolvidos com tal projeto.
Na verdade, talvez nem 1% da população demonstra tal interesse.
Todos os estudos e reuniões para leitura e entendimento do antigo Plano Diretor e desenvolvimento do novo foram realizadas por uma sociedade majoritariamente organizada em associações e conselhos municipais.
Bons exemplos a serem citados na contribuição desse desenvolvimento é o do Sindicato Rural de Itápolis, da Associação dos Engenheiros Arquitetos e Agrônomos e Técnicos de Itápolis (AEAATI), da Associação Comercial e Empresarial de Itápolis (ACEI), Conselho Municipal de Esporte, Conselho Municipal de Saúde e demais conselhos.
Um bom exemplo do desinteresse da população como um todo é a sua participação na própria audiência pública do dia 12 de abril que serviu para a revisão do Plano Diretor.
Foto da transmissão da audiência pública realizada dia 12 de abril de 2023
Estavam presentes apenas 6 munícipes, dos quais todos manifestaram-se a respeito dos assuntos abordados na audiência.
Além da população em geral, encontravam-se na casa legislativa de Itápolis 4 vereadores apenas de forma presencial e alguns outros on-line.
Dos vereadores presentes, 3 deles compões a Comissão de Obras, comissão essa responsável pelos trabalhos internos da casa no que diz respeito ao Plano Diretor.
São esses vereadores: Juliane Grecco (relatora), David de Tapinas (secretário) e João Pirolla (presidente).
Vale ressaltar o 4º vereador que participou presencialmente da audiência, o vereador Zequinha Kawachi, o mesmo que é um dos 5 cidadão itapolitanos que ocuparam o cargo de prefeito municipal no período de apenas 1 ano.
Em outras audiências públicas a Câmara Municipal já esteve cheia de munícipes e completa, com seus 9 vereadores, mas não em audiências que tratavam do Plano Diretor ou do desenvolvimento da cidade, e sim em dias onde o assunto era a cassação e a busca por instabilidade do setor executivo atual.
Foto da transmissão da audiência pública realizada dia 20 de março de 2023
Com esses fatos é possível levantar a suspeita da compra da presença de certos munícipes em ocasiões como a retratada.
Na sessão de quarta-feira passada, mesmo com um número reduzido de cidadão, foi possível ter um debato íntegro e construtivo quanto aos temas trazidos pelo diretor geral da Câmara, o senhor Flávio Moraes.
Os apontamentos e assuntos levantados pelo público presente teve tamanha importância que resultou em mudanças no corpo do novo Plano Diretor.
Após novas análises das diretrizes e ajustes nas escritas, o vereador David de Tapinas que presidiu a audiência, garantiu que antes da votação efetiva do Plano Diretor haverá uma nova audiência pública para discussão das diretrizes e planos de ações.
Quando a nova data for marcada, os vereadores e a Prefeitura Municipal hão de fazer a divulgação para que o população itapolitana possa ter conhecimento e até mesmo possa participar das discussões.